sábado, 30 de novembro de 2013

RESULTADO DA AUDIÊNCIA NA SEDUC COM A PROFª CECÍLIA PATRIOTA

No último dia 28, Simone Ligia Silva Matos Matos, Vilca, Mário, Emilio Alves Oliveira, Saulo Malta e eu, estivemos na Secretaria de Educação de Pernambuco para uma audiência particular sobre a municipalização da Escola João Rodrigues Cardoso. Fomos recebidos pela Secretária Executiva de Gestão da Rede, a Profª Cecília Patriota, que está tratando do processo de municipalização nesta Secretaria.
Após a Profª Simone Lígia apresentar informações sobre a EJRC e sobre as consequências que traria a municipalização e a doação do prédio da escola para a Prefeitura Municipal de Águas Belas, e de cada um de nós expormos outras informações, foi a vez da Profª Cecília Patriota mostrar para nós que já tinha todo conhecimentos sobre a nossa escola e sobre a nossa luta. Citando inclusive as notícias que saíram nos jornais, nos blogs, as manifestações, as fotos e os textos que postamos via internet e que foram enviados ao Secretário.
E, para a nossa felicidade, informou a todos nós que "A ESCOLA JOÃO RODRIGUES CARDOSO NÃO SERÁ MUNICIPALIZADA, NEM TERÁ SEU PRÉDIO DOADO À PREFEITURA MUNICIPAL, POIS A EJRC É UMA ESCOLA SÓLIDA, COM ESTRUTURA E DEMANDA PARA PERMANECER ATENDENDO À COMUNIDADE AGUASBELENSE PELA REDE ESTADUAL."

A NOSSA LUTA NÃO FOI EM VÃO!!! EM NOME DO GRUPO DOS AMIGOS DA ESCOLA JOÃO RODRIGUES CARDOSO CONTRA A MUNICIPALIZAÇÃO AGRADEÇO O APOIO, O CARINHO, AS ORAÇÕES, OS DOCUMENTOS E AS PALAVRAS DE APOIO DE TODOS QUE ACREDITARAM NA NOSSA LUTA E QUE DEMONSTRARAM O SEU CARINHO E RESPEITO PELA NOSSA ESCOLA.


domingo, 24 de novembro de 2013

CARTA ABERTA AO GOVERNADOR DE PERNAMBUCO

Ilmº Sr.,


Há dias que seu slogan de campanha me persegue, como um mantra se repetindo em minha mente: “É POSSÍVEL FAZER MAIS. É POSSÍVEL FAZER DIFERENTE” e, pela primeira vez durante estes demorados anos de seu governo, eu irei concordar com o senhor. Sim, é possível fazer mais por Pernambuco, pelo seu povo, que está carente de saúde, de educação, de segurança pública. É possível fazer bem mais e bem diferente do que vem sendo feito pelo seu governo. 
E lhe digo mais, nós pernambucanos merecemos ao menos respeito de vossa parte, pois viver na triste realidade deste seu modelo de governar “fazendo diferente” durante todos estes anos, ao mesmo tempo em que temos que aturar sua propaganda política eleitoreira, apresentando-nos na mídia cenas, números, percentuais e situações que refletem um mundo fantasioso cheio de maravilhas feitas pelo seu governo, que até nos faz duvidar de nossa sanidade mental.
E por que lhe digo isto, nobre senhor? Pelo simples fato de ver o quão belo e perfeito é Pernambuco em seu mundo visionário da propaganda, neste mundo em que o seu governo criou e projetou para expor na mídia e conquistar prêmios para continuar alardeando o que de fato não existe, pois o Pernambuco em que eu vivo é um estado em que a Saúde vai mal; a Educação estadual está em vias de extinção e a população sofre ao ver as suas reivindicações não serem levadas em conta pelo senhor ou por qualquer outro que faça parte do seu governo. 
Sim. “É possível fazer mais. É possível fazer diferente” e até me arrisco a lhe dizer como: pense um pouco na população pernambucana, tanto naqueles que lhe elegeram, quanto naqueles cuja lucidez foi maior. Não importa. Governe para o povo, pelo povo. Esqueça a mídia e os gastos faraônicos que envolvem esta sua pretensa projeção nacional. Volte-se para fazer aquilo para o qual está sendo pago com o suor do meu trabalho e de tantos outros pernambucanos que não merecem o seu descaso. Desça desse pedestal do “eu tudo já fiz e fiz diferente” e ouça a população pernambucana, ouça a voz daqueles que vivem para trabalhar neste estado.
O que o faz imaginar que Pernambuco crescerá se a Educação continuar a ser desestruturada pelo senhor e pela sua equipe? O que o faz pensar que desarticulando a vida das pessoas que compõem as comunidades internas das escolas estaduais irá melhorar índices e até (já que parece ser esta a sua única preocupação) fazê-lo conquistar eleitores para a sua pretensa candidatura à Presidência da República? Pense nisto, nobre senhor, pois se hoje, num rasgo de insanidade, eu ouso questioná-lo desta forma, é porque cheguei ao meu limite de paciência e de tolerância e atrevo-me a ir de encontro ao seu governo. E mais uma vez sinto-me na obrigação moral de repetir que nenhum poder terreno é eterno, não se esqueça disso. 
Como também sinto-me na obrigação de me apresentar ao senhor: sou uma professora da rede estadual de Pernambuco e, se tive que conviver pelos seus anos de governo com a triste realidade de receber o pior salário estadual pago a nossa categoria no Brasil (dados do MEC), atualmente deparo-me com uma realidade infinitamente pior que esta: a MUNICIPALIZAÇÃO da escola na qual trabalho há mais de 20 anos, com direito à doação do prédio como “bônus” à prefeitura. E isto de forma tão “democrática” que a comunidade escolar não foi consultada, informada e muito menos ouvida. Sim, “é possível fazer mais. É possível fazer diferente” destruindo escolas, sonhos e a Educação de um estado e de várias cidades? E tudo isto em nome de quê? 
E, por Deus, não me venha com essa história estapafúrdia de que “busca melhorias para a Educação pernambucana”, porque, com base em tudo o que já vi e vivi em meus mais de 20 anos fazendo parte da Educação neste estado, ouso lhe dizer que isto não procede. E então atingirei o ápice da minha ousadia, ao lhe desafiar: quer saber o que de fato trará melhorias para a Educação de Pernambuco? Venha até a escola na qual eu ensino e ouça tudo o que a comunidade escolar (alunos, professores e funcionários) tem a lhe dizer, mas venha sem alardes e sem a sua equipe de “burocratas da educação”, cujas atuações deixam muito a desejar. 
Venha e lhe mostraremos que uma cidade do porte de Águas Belas, com cerca de quarenta mil habitantes não pode ficar sem nenhuma escola de Ensino Médio regular, pois nem todos os jovens deste município têm condições de frequentar uma escola integral.
Venha e lhe mostraremos que 73 pessoas (entre professores e funcionários) ficarão sem ter como exercer suas atividades profissionais aqui nesta cidade, visto que a única escola que sobrará da rede estadual será uma de referência.
Venha e lhe mostraremos o quanto os nossos alunos preferem continuar fazendo parte da rede estadual.
Venha e lhe falaremos sobre construir escolas como sinônimo de EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.
Venha e lhe mostraremos que somos gente, temos sonhos e vidas estruturadas aqui, nesta escola, nesta cidade; que não somos números, nem índices.
Venha e lhe mostraremos que um BOM GOVERNO NÃO SE FAZ FECHANDO ESCOLAS; QUE NÃO SE DEVE FALAR EM "REDUZIR GASTOS" EM EDUCAÇÃO, E SIM, EM INVESTIR EM EDUCAÇÃO.
Venha e lhe diremos COMO “é possível fazer mais” e COMO “é possível fazer diferente”. Desafio lançado.

Profª Cida Quelé
ESCOLA JOÃO RODRIGUES CARDOSO/ÁGUAS BELAS-PE.


VÍDEO DO PRONUNCIAMENTO DA PROFª SIMONE LÍGIA NA CÂMARA DE VEREADORES DE ÁGUAS BELAS

http://www.youtube.com/watch?v=NJDEBNxqa8o

AÇÃO DO GRUPO DOS AMIGOS DA EJRC CONTRA A MUNICIPALIZAÇÃO: ENTREGA DE DOCUMENTO AOS VEREADORES DE ÁGUAS BELAS

















sábado, 23 de novembro de 2013

DOCUMENTO ENTREGUE AOS 12 VEREADORES DE ÁGUAS BELAS DIA 22 DE NOVEMBRO DE 2013.

Uma representação do GRUPO DE AMIGOS DA EJRC CONTRA A MUNICIPALIZAÇÃO fez uma visita à Câmara Municipal de Águas Belas, dia 22, para entregar aos vereadores este documento elaborado pelo grupo com a finalidade de os informar sobre o que representa o processo de municipalização da ESCOLA JOÃO RODRIGUES CARDOSO para a comunidade escolar e para toda a sociedade aguasbelense.
A recepção de todos os doze vereadores foi calorosa e amigável, ouvimos palavras de incentivo em suas falas em seus gabinetes, no ato da entrega do documento, e em seus pronunciamentos na tribuna.
Através do pedido oficial feito pelo vereador Emílio de Tanquinhos, o presidente concedeu o tempo de cinco minutos para a Profª Simone Lígia se pronunciar na tribuna da casa legislativa.















terça-feira, 19 de novembro de 2013

OFÍCIO ENVIADO AO PREFEITO DE ÁGUAS BELAS - GENIVALDO MENEZES DELGADO


Antes do Grupo dos Amigos da EJRC promover as duas últimas passeatas pelas ruas da cidade de Águas Belas, foi enviado este ofício ao prefeito do município, o Sr. Genivaldo Menezes Delgado solicitando uma audiência com uma comissão, entretanto, por não obtermos nenhuma resposta por parte dele, esta audiência não se realizou. 


domingo, 17 de novembro de 2013

ESCOLA JOÃO RODRIGUES CARDOSO 47 ANOS FORMANDO CIDADÃOS AGUASBELENSES.


A Escola João Rodrigues Cardoso - EJRC, desde a sua fundação em julho de 1966, atua na formação cidadã de seus alunos, tendo uma história sólida de conquistas e mudanças, pois ao longo destes 47 anos, esta escola passou por inúmeras reformas, vários gestores e viu o seu quantitativo de alunos, professores e funcionários aumentarem consideravelmente. Em toda sua história, vários foram os governantes municipais e estaduais que vieram, ficaram por um tempo e passaram, entretanto a EJRC sempre esteve em seu lugar, formando cidadãos críticos, que estão atuando nas mais diversas áreas profissionais em nosso município, pelo Brasil e pelo mundo a fora.
Esta é uma escola que faz parte da história individual de muita gente. Atualmente possui 1.792 alunos matriculados, distribuídos pelo Ensino Fundamental, Ensino Médio e Normal Médio, nos três turnos. O corpo docente e administrativo que compõe esta unidade de ensino atualmente é formado por 73 funcionários, entre efetivos, contratados, permutados e cedidos.
Vale ressaltar que há uma característica curiosa neste quadro de funcionários, ele é composto, em sua maioria, por ex-alunos, que após iniciarem seus estudos aqui, seguiram carreira acadêmica e, já formados, retornaram a esta escola, através de concurso público, para retribuir tudo o que receberam dela. Justifica-se aí o excesso de zelo e de afeto presentes em seu corpo docente.
Portanto, a Escola João Rodrigues Cardoso é uma escola sólida, que tem história, tem tradição, que é participativa, que contribui para a formação das nossas crianças e jovens e que não merece passar pelos transtornos que a municipalização do seu Ensino Fundamental irá trazer para toda a comunidade escolar e muito menos ter seu prédio doado ao município, pois se isto viesse a ocorrer, aonde iriam estudar os alunos do Ensino Médio que não têm disponibilidade de tempo para estudar no EREM por tratar-se de uma escola de tempo integral? Ficariam sem estudar como já ocorreu em outras cidades aonde este processo foi implantado? Aonde seriam localizados os 73 funcionários, se não há escola estadual suficiente para que todos possam ser remanejados? E por fim, o que ganharia a população aguasbelense tendo uma escola a menos ofertando Ensino Médio a partir da municipalização da Escola João Rodrigues Cardoso? 
Faz-se necessário, portanto, cautela e um pensamento voltado para o futuro da Educação aguasbelense como um todo antes de se fazer algo desse porte, pautado apenas em pensamentos imediatistas.



GRUPO DE AMIGOS DA EJRC CONTRA A MUNICIPALIZAÇÃO

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Ser "filho do Velho João" é algo que só sabe quem de fato "vestiu a camisa desta escola"

A história da EJRC teve um capítulo extra nesta manhã de feriado, 15 de novembro, quando a equipe gestora e a maioria do corpo docente estava em reunião pedagógica administrativa para definir datas e projetos de encerramento do ano letivo.
Trata-se da visita do grupo de ex-alunos do extinto curso de Magistério, da turma concluinte em 1993, que veio prestar uma belíssima homenagem à escola na qual a maioria estudou desde o Ensino Fundamental, como marco dos 20 anos de encerramento do curso deles.
Com a presença da Banda Marcial Kylson Kellys - BMKK e do grupo de balizas, os ex-alunos convidaram todos os presentes e fizeram o hasteamento da Bandeira Nacional; o descerramento da Placa Comemorativa aos 20 Anos da Conclusão de Curso; o plantio de uma palmeira imperial e depois, acompanhados da BMKK, fizeram um desfile simbólico nas imediações da escola. Algo totalmente inusitado na história da Escola João Rodrigues Cardoso, e, me atrevo a dizer, na história de qualquer uma das escolas "ainda" existentes  nesta cidade. 
A emoção ficou visível nos semblantes dos que de fato sentem amor por esta escola, quando em seus discursos improvisados sobre o que os moveram a decidir prestar esta homenagem à escola, eles citaram a importância que ela tem na história de cada um deles e a memória afetiva existente neles do tempo que permaneceram aqui como estudantes.
Fizeram também comparações, apontando o quanto a EJRC cresceu e se modificou ao longo desses 20 anos em que estiveram ausentes e salientaram também a importância que esta escola tem para eles e para toda a comunidade aguasbelense, enquanto espaço formador de cidadania.
E o mais surpreendente, que acabou levando às lágrimas uma boa parte dos presentes, foi o sentimento de pertencimento ao "Velho João" ainda existente naqueles ex-alunos, após tantos anos ausentes. Não eram mais jovens adolescentes sonhando com o futuro; não eram mais meninas e meninos em busca de novas descobertas, apreensivos em relação ao que o futuro lhes reservava. Não, não eram mais.
São jovens senhores e senhoras, que já são pais e mães, outros ainda não, mas que todos já estão bem encaminhados em suas vidas profissionais, exercendo funções e cargos diversos, nesta e em outras cidades pelo Brasil a fora. São cidadãos e cidadãs que aprenderam na EJRC, com os seus professores e colegas o sentimento de "pertencimento" a esta escola e tantas outras virtudes nobres que os conduziram em suas lutas futuras e que os fizeram chegar aonde estão atualmente.
O verdadeiro aluno da EJRC, os "filhos do Velho João", não passam pelos seus corredores sem deixar as suas marcas e sem as levar consigo em seus corações, e eles também mostraram isso a todos os presentes, quando se propuseram a lutar conosco contra o processo de municipalização e de doação do prédio da nossa escola para o município.
Ser "filho do Velho João" é algo que só sabe quem de fato "vestiu a camisa desta escola", quem nutriu e nutre por ela o "sentimento de pertencimento", algo inexplicável, porém fácil de se perceber em pequenas atitudes diárias. Pois nem todos os que pelos seus corredores passaram, como alunos, como professores ou como funcionários, podem ser classificados como FILHOS DO VELHO JOÃO. Muitos saberão do que estou falando, poucos se farão de desentendidos.
A todos os ex-alunos da Turma do Magistério de 1993 que prepararam esta homenagem tão linda e tão significativa à Escola João Rodrigues Cardoso, o meu carinho, o meu respeito e a minha eterna gratidão por ter acrescentado ao meu "currículo afetivo" mais este bom momento nesta escola, e ouso dizer, senti-me contemplada também, visto que em junho de 1993, ao ser admitida no segundo semestre nesta escola, vocês foram uma das turmas que a mim foi confiada para iniciar a minha carreira como professora na Rede Estadual. Vocês saindo e eu chegando no "Velho João". 
Já dizia o poeta "chegar e partir são só dois lados da mesma viagem".
Voltem sempre! A casa é de vocês!




terça-feira, 12 de novembro de 2013

PONTO DE VISTA - 10/08/13 - A municipalização do ensino

PARA TODOS AQUELES QUE DUVIDAM QUE O SECRETÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, SR. RICARDO DANTAS, TENHA FALADO DIA 29/10, NA AUDIÊNCIA PÚBLICA DA ALEPE SOBRE MUNICIPALIZAÇÃO:  QUE OS PREFEITOS TERÃO A CHANCE DE DIZER NÃO À MUNICIPALIZAÇÃO. ELE VEM DIZENDO ISSO PUBLICAMENTE EM TODAS AS REUNIÕES DESDE O INÍCIO.
ASSISTAM TUDO E PRESTEM ATENÇÃO A PARTIR DO 7:05. E DO 10:27.

http://www.youtube.com/watch?v=5c3pQk9aClE

MUNICIPALIZAÇÃO NÃO!! VAMOS CONTINUAR CONSTRUINDO ESCOLAS E SONHOS!

Nos últimos meses, muito se falou e se ouviu falar sobre um termo inventando pós-LDB: MUNICIPALIZAÇÃO DE ESCOLAS. Mas o que de fato significa este termo dentro do contexto escolar atualmente?

De acordo com as informações dadas pelo Secretário de Educação do Estado de Pernambuco, o Sr. Ricardo Dantas, durante a Audiência Pública sobre Municipalização na ALEPE, dia 29 de outubro, a municipalização consiste não apenas na transferência para a rede municipal de todos os alunos do Ensino Fundamental existentes atualmente na rede estadual, como também, na doação dos prédios, com tudo o mais que os compõem, para os municípios. Este processo, que já vem ocorrendo em diversos municípios do estado de Pernambuco, será intensificado a partir de 2014, quando 45% das escolas serão municipalizadas, cerca de 150 escolas; e a cada ano seguinte serão acrescidos novos percentuais, devendo ficar fazendo parte da Rede Estadual, em 2017, um total de apenas 20% das escolas existentes atualmente nesta rede.
Com números muito bem articulados em suas “lâminas”, que demonstravam apenas "dados numéricos", "tabelas" e "índices", o Secretário informou ainda que atualmente na Rede Estadual existem 45 mil professores efetivos e que em 2017 a meta é que restem apenas 22.217 professores efetivos. E apresentou ainda algumas ações que serão tomadas para que "nenhum prejuízo ocorra para os professores": GRATIFICAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO, APOSENTADORIA ESPECIAL DO PROFESSOR, AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO.
Além disso, informou ainda o Secretário, que toda esta mudança na Educação pernambucana foi fundamentada na análise dos dados estatísticos fornecidos pelo IBGE sobre as mudanças que vêm ocorrendo na população brasileira e que irão ocorrer até 2035. Além desses dados, pesou também nesta decisão, o crescimento das matrículas para o Ensino Fundamental, da rede privada em detrimento da queda da procura na rede pública. Encerrou sua fala afirmando, categoricamente, que estas medidas não irão promover o fechamento de nenhuma escola neste estado e que a MUNICIPALIZAÇÃO SÓ OCORRERIA NOS MUNICÍPIOS EM QUE OS PREFEITOS QUISESSEM.
Fala bem conectada, números bem organizados, que, porém, não estão de acordo com a realidade do que vem ocorrendo pelos municípios aonde este processo já se efetivou. E tivemos todos os tipos de depoimentos dados pelos professores: de escolas fechadas; de alunos do Ensino Médio fora da escola, sem poder estudar por falta de disponibilidade de tempo e de poder aquisitivo para estudar nas escolas para as quais foram transferidos pela Secretaria de Educação, devido ao difícil acesso; de alunos do Ensino Fundamental que não se adaptaram às realidades da rede municipal, bem abaixo da ofertada pela rede estadual; de professores que se viram obrigados a pedirem demissão, após 22 anos de magistério efetivo na rede estadual, também por difícil acesso, tornando-se impossível chegar a tempo nas escolas para as quais foram removidos; de professor que sofreu AVC por conta da pressão e do medo de perder o seu emprego; de professores lotados em escolas sem a mínima infraestrutura adequada para desenvolverem o seu trabalho; de desestabilidade emocional e profissional que vem acometendo a todos os que fazem parte da Rede Estadual de Educação.
E o que de fato traria para Águas Belas a municipalização do Ensino Fundamental e a doação do prédio da Escola João Rodrigues Cardoso para a Prefeitura Municipal?
  1. O ENSINO MÉDIO REGULAR NÃO MAIS SERIA OFERTADO AOS JOVENS AGUASBELENSES, RESTARIA APENAS UMA ÚNICA ESCOLA OFERTANDO ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL, O QUE DEIXARIA FORA DA ESCOLA TODO E QUALQUER JOVEM DESTA CIDADE QUE NÃO QUISESSE OU NÃO PUDESSE ESTUDAR O DIA INTEIRO.
  2. O MUNICÍPIO TERIA MAIS DESPESAS COM O ACRÉSCIMO DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL;
  3. A ESCOLA JOÃO RODRIGUES CARDOSO DEIXARIA DE EXISTIR, POIS DEIXARIA DE SER DA REDE ESTADUAL, QUASE 50 ANOS DE EXISTÊNCIA, FAZENDO HISTÓRIA NESTE MUNICÍPIO, QUE DESAPARECERIA PARA SEMPRE (ASSIM COMO JÁ ACONTECEU COM AS OUTRAS DUAS ESCOLAS DA NOSSA CIDADE: PAROQUIAL SANTANA E NAPOLEÃO XAVIER);
  4. OS PROFESSORES CONTRATADOS TERIAM SEUS CONTRATOS ENCERRADOS;
  5. OS FUNCIONÁRIOS TERCEIRIZADOS TAMBÉM TERIAM OS SEUS CONTRATOS ENCERRADOS COM AS FIRMAS QUE OS CONTRATARAM;
  6. OS PROFESSORES EFETIVOS DA EJRC FICARIAM SEM ESCOLA DA REDE ESTADUAL PARA SEREM LOCALIZADOS E CONTINUAREM TRABALHANDO AQUI NESTA CIDADE;
  7. OS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS CEDIDOS E PERMUTADOS, LOCALIZADOS NA EJRC, TERIAM QUE RENEGOCIAR SUAS NOVAS LOCALIZAÇÕES COM A PREFEITURA MUNICIPAL;
  8. E TODOS OS ACORDOS QUE VIESSEM A SER FIRMADOS AGORA COM O ATUAL GESTOR MUNICIPAL TERIAM VALIDADE DE APENAS UM ANO. A CADA INÍCIO DE ANO LETIVO E/OU A CADA TROCA DE GESTOR MUNICIPAL, TODOS OS ACORDOS TERIAM QUE SER RENEGOCIADOS.
Estas seriam apenas as consequências imediatas decorrentes da municipalização da Escola João Rodrigues Cardoso, todas fundamentadas nas falas proferidas pelos participantes da Audiência Pública, anteriormente citada.
Entretanto, se cada cidadão aguasbelense se propuser a pensar de forma isenta sobre esta questão, e analisar imparcialmente a situação, sem fanatismos, sem partidarismo ou sem quaisquer outros tipos de "amarras" que o prendem a benesses, perceberá muitas outras consequências ruins a curto, a médio e a longo prazo para a EDUCAÇÃO AGUASBELENSE.
Não se trata aqui de uma luta política partidária, como quiseram classificar algumas pessoas, cujos interesses prefiro nem comentar, TRATA-SE DE UMA LUTA JUSTA, FUNDAMENTADA EM INTERESSES DA COLETIVIDADE, QUE RESULTARÁ EM BENEFÍCIOS PARA TODA A SOCIEDADE AGUASBELENSE.

O GRUPO DOS AMIGOS DA ESCOLA JOÃO RODRIGUES CARDOSO CONTRA A MUNICIPALIZAÇÃO está fazendo a sua parte para que a EDUCAÇÃO AGUASBELENSE possa continuar crescendo, pois não acreditamos que FECHAR ESCOLAS SEJA SINÔNIMO DE CRESCIMENTO. 
JUNTE-SE A NÓS E VAMOS CONTINUAR CONSTRUINDO ESCOLAS E SONHOS!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O que deve ser prioridade numa administração pública?

Diante de alguns acontecimentos ocorridos nas últimas semanas em Pernambuco, eu me atrevo, e ouso aqui, a levantar alguns questionamentos sobre o que deveria ser prioridade na atuação de um político ao exercer suas funções de administrador ou de coadministrador do erário público, tendo sido ele escolhido através do voto do povo para cargos do executivo ou do legislativo.
Através deste poderoso veículo de comunicação que é a internet, todos os dias tomamos conhecimento de fatos terríveis que acometem a população pernambucana e que nos remetem ao descaso com que vem sendo tratado aqui neste estado, como nos demais do país, o cidadão que paga os seus impostos, diga-se de passagem, neste estado o percentual é o maior do país, e que querem ver estes pagamentos revertidos em bens e benefícios públicos. São denúncias de descaso na saúde pública; na segurança pública; na educação; no cumprimento da Lei com os funcionários públicos estaduais; na preservação e na melhoria das estradas; na preservação do patrimônio cultural: prédios históricos, praças públicas e demais espaços.
Contudo, por alguns políticos entenderem que isso é “algo comum”, penso eu, toda e qualquer ação que venha a ser planejada para ser executada na melhoria destes ou de quaisquer outros problemas de administração do erário público aqui não elencados, passa pela “morosidade” que se instituiu como inerente ao “prestador de serviços públicos”, pois é assim que encaro o político que está em exercício de mandato. E, desta forma, as soluções para as situações que vêm a ser denunciadas tendem a se arrastar em inúmeros processos burocráticos, que quase sempre deixam de ser executados, e o povo vai se acomodando, porque se cansa de denunciar, de cobrar e de não obter ações, apenas palavras, documentos e papéis.
Por isso não há pressa, “nem regime em caráter de urgência” para votar, aprovar e implantar ações que irão favorecer a população, preferem eles, os políticos, fazerem belos discursos, propagarem o que não saiu do papel, usar a mídia para justificar o injustificável, alardeando o pouco que fazem, como verdadeiros pavões em sua “egocentricidade” e “megalomania”.
O povo é consultado para apresentar o que de fato merece “regime em caráter de urgência”? Os segmentos da sociedade, que de fato contribuem para o engrandecimento do Estado, são consultados quando as “mudanças benéficas” impostas pelo Governo irão atingir como uma avalanche as suas vidas pessoais e profissionais? A comunidade é atendida em suas “constantes súplicas” na melhoria daquilo que de fato é prioridade para as suas vidas? NÃO. Não há pressa para isso, não é?
Mas quando ocorrem situações que maculam as “estruturas publicitárias e marqueteiras” do Governo, como a morte de um Promotor no Agreste, ou a foto de Diego Nigro estampada nos principais jornais do país e do mundo, aí sim, o Governo entende que é preciso pressa, senão para resolver, mas para “mostrar serviço” e novamente tentar justificar o injustificável. O primeiro caso ainda sem solução, enquanto que o segundo, em pleno processo de “solucionismo” imediato. Ambos os casos merecem ser solucionados, como também todos os demais casos que denotam negligência na prestação de serviços públicos neste Estado e no país.
Será então que é preciso o cidadão comum, que exerce as suas funções cotidianamente, que paga seus impostos religiosamente cometer atos insanos para poder ter as suas reivindicações atendidas ou para serem ao menos levados em consideração?
Por que a pressa em votar, aprovar e implantar projetos que não irão beneficiar nenhum dos envolvidos diretamente no processo, como é o caso da Municipalização e doação das Escolas Estaduais em Pernambuco? Por que a pressa em dar uma conotação não existente a uma Lei que não irá melhorar a vida da população, diga-se de passagem, população que vota? Por que não há pressa em implantar outras leis, como a do Piso Nacional de Educação? 
Todas as denúncias e súplicas que viessem da população pernambucana, fosse qual fosse o segmento do qual fizesse parte, deveriam ser analisadas com a participação das partes envolvidas e com a cautela necessária, para somente depois, serem buscadas as soluções em “regime de caráter de urgência”. Ao menos isso.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

DEPOIMENTOS DE ALGUNS PROFESSORES E AMIGOS DA EJRC, POSTADOS EM REDES SOCIAIS.



O que pode mover as pessoas a lutar por uma causa? Quantas vezes nos fazemos essa pergunta e achamos a resposta na luta justa por ideais nobres. A municipalização da EJRC é um processo que em nada beneficia a educação em nossa cidade. Não se cresce e desenvolve um lugar se reduzindo oportunidades, e se pensarmos direitinho oportunidades de formar cidadão e educar para o crescimento pessoal e profissional. A educação de uma cidade como a nossa não pode ser imediatista, essa não possui visão de futuro nem compromisso com o por vir. Administradores comprometidos participam de causas como essa e refletem sobre as possíveis consequências que ações impensadas podem trazer para o futuro de população. 
O nosso apelo maior nessa luta é a adesão de toda uma sociedade representada por todos os seus segmentos vestindo uma única camisa: não à municipalização de uma escola como o João Rodrigues Cardoso, que é um patrimônio da Educação e que não pode e não deve ser relegado ao esquecimento e descaso. 
SENHORES GOVERNANTES VAMOS JUNTOS APOIAR ESSA CAUSA, FORMAR UMA UNIDADE E MOSTRAR AO MUNDO QUE EDUCAÇÃO EM ÁGUAS BELAS/PE É COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE.
Profª Simone Lígia Silva Matos

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A falta de um projeto viável para a educação em Pernambuco se reflete no processo de municipalização idealizado pelo Governador Eduardo Campos, onde a qualidade do ensino, ampliação de unidades escolares, aparelhamento e infraestrutura, abertura de concurso, capacitações anuais aos profissionais da educação entre outros pontos deveriam ser prioridade para o atual gestor estadual, mas o que vimos com tal ato é apenas uma forma de mostrar sua ineficiência em termos de gestão educacional tanto que Pernambuco possui um dos piores ensinos do Brasil. 
A não municipalização de nossa escola (EJRC) seria um grande passo para que em nosso município possamos continuar fazendo aquilo que há 47 anos sabemos fazer: ensinar. 
Queremos o melhor para os nossos alunos e nossa cidade, desta forma, podemos continuar formando cidadãos que poderão mudar as suas histórias e venham a construir uma Águas Belas, um Pernambuco, um Brasil melhor.
Prof. Feliphe Wanderley Bezerra
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Sou ex aluno da Escola João Rodrigues Cardoso (VELHO JOÃO) e tem me deixado aflito o desejo da Secretaria de Educação do Estado de municipaliza-la. Sabemos que os municípios pernambucanos enfrentam um crise financeira nunca visto neste país, portanto, incapazes de assumir tal responsabilidade.
A EJRC tem uma história na vida de cada aluno que por lá passou e comigo não é diferente. Vivi momentos fantásticos de aprendizagem que me levaram a ser o profissional que hoje sou. Eternos agradecimentos a todos que fazem a EJRC (diretores, professores, merendeiras, porteiros, faxineiras, secretárias...)!!! 
Estamos na luta com vocês manifestando nosso desejo: que a Escola continue sendo administrada pelo Estado, pois sabemos da competência e dedicação de todos que hoje nela trabalham por uma sociedade melhor...
Usemos nossas forças para manifestar aquilo que queremos: passeatas, palestras, audiências, mobilizações.. tudo é válido para alcançar nossos objetivos.
O salmista (40) nos diz: "Esperei no Senhor com toda a confiança. Ele se inclinou para nós e ouviu o clamor do seu povo..." Confiantes e certos da "esperança que não decepciona" (Rm 5,5), permaneçamos firmes até o fim!!!!
Abraço fraterno a todos que fazem a EJRC e contem com nossas orações!
Jarbas Maciel (ex-aluno e ex-funcionário)
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Bom dia Amigos!!! Hj o meu bom dia será um Depoimento:
Fui aluna da Escola João Rodrigues Cardoso, sou fruto desta Casa, Conclui o Magistério no ano de 2000, me formei em Ciências Biológicas na UPE Garanhuns no ano de 2004 e logo em seguida voltei para esta Escola como Professora, tendo como companheiros de trabalho meus eternos Professores, me sinto muito Feliz por fazer parte desta Família, que sempre amei e nunca me envergonhei em demonstrar meu carinho por ela e demonstrei mais ainda quando fiz parte da Coordenação da Banda Marcial Kilson Kellys, o meu desejo é que ele não acabe e todos nós juntos fortalecidos por este amor ao Velho João Lutaremos contra a Municipalização, mostrando tudo o que a nossa Escola tem de melhor!!!!
Profª Fábia Jaciana Cipriano de Lima




CARTA ABERTA À POPULAÇÃO AGUASBELENSE.

                    O GRUPO DE AMIGOS DA EJRC CONTRA A MUNICIPALIZAÇÃO vem através desta trazer informações sobre a ESCOLA JOÃO RODRIGUES CARDOSO – EJRC e sobre o PROCESSO DE MUNICIPALIZAÇÃO que vem sendo implantado nas escolas da Rede Estadual de ensino pelo atual SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO.
                        A EJRC, fundada em junho de 1966, tem atualmente 1.792 (mil, setecentos e noventa e dois) alunos matriculados no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, distribuídos nos três turnos; 55 (cinquenta e cinco) professores e 18 (dezoito) funcionários administrativos. É uma escola sólida, bem estruturada, cujo IDEB do Ensino Fundamental é maior que o da rede municipal.
                        Nos últimos meses tivemos informações não oficiais que a EJRC iria passar pelo processo de MUNICIPALIZAÇÃO, por conta disso, O GRUPO DOS AMIGOS DA EJRC CONTRA A MUNICIPALIZAÇÃO foi fundado e promoveu algumas ações, visando impedir que esta escola seja municipalizada.
                        No dia 29 de outubro, a COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DA ALEPE (Assembleia Legislativa de PE), representada pelas deputadas estaduais Terezinha Nunes e Tereza Leitão, promoveu uma AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A MUNICIPALIZAÇÃO, tendo como convidados: o Sr. Ricardo Dantas (Secretário Estadual de Educação); a Srª. Marise Leonora (Promotora Pública); a Srª Fátima Monteiro (UNDIME) e o Prof. Fernando Melo (SINTEPE).
                        Na tribuna, vários sindicatos e professores de diversos municípios expuseram os problemas que a MUNICIPALIZAÇÃO causou em suas escolas e em suas comunidades: FECHAMENTO DE ESCOLAS; REDUÇÃO NA QUALIDADE E QUANTIDADE DA MERENDA ESCOLAR; ESCASSEZ DE MATERIAL DIDÁTICO E DE EQUIPAMENTOS; ALUNOS TRANSFERIDOS PARA ESCOLAS DISTANTES DE SUAS CASAS; PROFESSORES REMOVIDOS E EXONERADOS; ESCOLAS SENDO ADMINISTRADAS POR ATÉ 03 (TRÊS) DIRETORES AO MESMO TEMPO; SALAS DE AULAS SUPERLOTADAS; ALUNOS FORA DA ESCOLA POR FALTA DE VAGAS, entre outras coisas, tudo isto tendo como resultado final a QUEDA DA QUALIDADE DO ENSINO OFERTADO E DOS RESULTADOS APRESENTADOS.
                        Por tudo isso é que NÓS SOMOS CONTRA A MUNICIPALIZAÇÃO DA ESCOLA JOÃO RODRIGUES CARDOSO e queremos contar com o APOIO DE TODA A POPULAÇÃO e do PREFEITO DO MUNICÍPIO, visto que, de acordo com o SECRETÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, o Sr. Ricardo Dantas, A MUNICIPALIZAÇÃO SÓ OCORRERÁ NO MUNICÍPIO EM QUE O PREFEITO DISSER “SIM”.
                   POR ISSO, PEDIMOS ENCARECIDAMENTE AO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ÁGUAS BELAS, SR. GENIVALDO MENEZES:

DIGA NÃO À MUNICIPALIZAÇÃO DA ESCOLA JOÃO RODRIGUES CARDOSO PELO BEM DE TODOS!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

EU CURTO O VELHO JOÃO E SOU CONTRA A MUNICIPALIZAÇÃO

AMANHÃ, 05 DE NOVEMBRO, PELA MANHÃ, A PARTIR DAS 7 h e 30 min, VENHA PARTICIPAR DA PASSEATA:
POR ISSO SOU CONTRA A MUNICIPALIZAÇÃO!!!
SOMOS UM GRUPO FORTE QUE SE FARÁ MAIS FORTE AINDA COM A SUA PRESENÇA!
VAMOS FAZER BARULHO PELAS PRINCIPAIS RUAS DE ÁGUAS BELAS, PARA MOSTRAR QUE A EJRC NÃO PODE SER MUNICIPALIZADA, MUITO MENOS TER SEU PRÉDIO DOADO AO MUNICÍPIO.
VAMOS FAZER UM GRANDE APITAÇO E PANELAÇO PARA PROTESTAR CONTRA A MUNICIPALIZAÇÃO DO VELHO JOÃO!!

NOSSO PROTESTO DE AMANHÃ (05/11) NA MÍDIA

http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/educacao/noticia/2013/11/04/alunos-e-professores-de-escola-de-aguas-belas-farao-protesto-contra-municipalizacao-104051.php

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

CARTA ABERTA AO SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE PERNAMBUCO.

Sr. Ricardo Dantas,
Quando em 1993 passei no primeiro concurso público para ser professora da Rede Estadual de Pernambuco, senti-me feliz, afinal, através dos meus méritos eu havia conquistado um emprego público que me garantiria a tão sonhada estabilidade que um pobre busca para a sua vida; a certeza de que teria meios para ser uma mulher independente financeiramente, com direito a uma aposentadoria razoável e tranquila quando a idade chegasse.
Por incentivo dos meus familiares, em 1996 fiz um segundo concurso público e passei. Eu era jovem, ágil e senti que daria conta da dupla jornada de trabalho que 350 aulas impõem a uma professora. Jovem, idealista e mãe principiante, tomei gosto pela educação e, apesar de nunca ter me considerado uma            professora excelente, sempre tive o carinho e o reconhecimento dos meus alunos ao longo desses vinte anos e cinco meses que estive exercendo esta missão.
Passei por vários governantes estaduais e municipais, ou teriam sido eles que passaram por mim? E por todos esses anos, nunca tive a sensação do reconhecimento da nossa categoria por nenhum deles; nunca tive o prazer de sentir que a EDUCAÇÃO era prioridade em seus governos; nunca os vi tratar a minha categoria com o respeito que nos é merecido, contudo, nenhum deles, nos tratou com o descaso e o desrespeito que este senhor, que hora administra o estado de Pernambuco, vem nos tratando.
Há momentos em que eu tenho dúvidas se sou uma professora ou se sou um número, uma estatística, ou um ponto que liga um outro ponto numa tabela numérica. Em outros momentos, sinto-me como um elástico esticado ao máximo que a qualquer momento irá romper-se. Há uma sobrecarga de cobranças por números, por quantidades com a única função de aumentar índices e mais números e mais gráficos estatísticos.
Qualidade? Alguém aí em sua equipe conhece o significado desta palavra? Qualidade de vida dos professores, então, é algo de total desconhecimento por parte do senhor e de todos com os quais o senhor trabalha. Ah, desculpa, eu esqueci que o senhor acha que nós, professores, não temos direito a “ter vida após as aulas”. Então, consequentemente, não precisaremos de qualidade.
Sinto saudade hoje de todos os governantes que antecederam o atual Governo do Estado; por que eles foram bons para a Educação? Por que eles souberam valorizar a categoria dos professores? Por que eles estruturaram as escolas? Por que eles buscaram a qualidade na educação antes da quantidade, dos percentuais e dos dados numéricos?
NÃO e SIM, pois hoje reconheço que cada um deles deu pequenas, quase ínfimas, contribuições com alguns desses itens.
Entretanto, a falta que eu sinto é da sensação de segurança que eu tinha enquanto funcionária da Rede Estadual de Pernambuco e professora LOTADA NA ESCOLA JOÃO RODRIGUES CARDOSO, escola aonde eu trabalharia até o dia da minha aposentadoria. Escola na qual iniciei a minha “vida acadêmica” e cursei os meus primeiros oito anos de ensino e da qual saí em lágrimas, pois ainda não havia sido implantado nela o Ensino Médio, na época denominado “2º Grau”.
Sabe o senhor o que representa para uma pessoa pobre, mãe de dois filhos adolescentes, que aos 45 anos de idade se depara com a insegurança de não saber aonde irá trabalhar a partir do ano de 2014?
Sabe o senhor o que significa para uma professora passar por este desgaste emocional e físico em pleno fim de ano letivo, quando já está com o organismo demonstrando todo o cansaço de um ano de trabalho árduo? Sabe o senhor o que é de fato uma sala de aula de uma escola pública? Sabe o senhor o que é ter 15 aulas em plena sexta feira?
Penso que não, pois se soubesse não estaria tão determinado a nos tirar o tão pouco que temos: A NOSSA ESTABILIDADE DE SABER QUE A NOSSA ESCOLA É SÓLIDA, PERTENCE À REDE ESTADUAL E IRÁ PERMANECER NELA.
Meu caro senhor, a vida de uma professora da Rede Estadual de Pernambuco atualmente já é tão massacrante, por que então querer piorar ainda mais a nossa vida?
Poderes são passageiros, assim como os cargos, ano que vem é ano em que as posições podem se inverter, afinal, como disse certa vez um político famoso do nosso estado “a política é como uma roda gigante, um dia um grupo político está em cima, no outro a roda gira” e a alternância de poder faz-se necessário para que a democracia se fortaleça. Então, para que mudar tão drasticamente a vida de tantas pessoas, se em 2014, poderá o senhor nem estar mais ocupando este cargo que hoje ocupa? E, sem desmerecer os seus méritos, ouso dizer, que não foi conseguido através de concurso público.
Então, nobre senhor, repense sua posição em relação à criação deste famigerado Projeto de Lei para regulamentar um processo em andamento, diga-se de passagem, um processo de municipalização que se mostrou desastroso nas cidades e escolas nas quais foi implantado, fato que ficou claro e evidente em todos os depoimentos prestados durante a Audiência Pública sobre Municipalização na ALEPE (29 de outubro).
Se isto o fizer sentir-se melhor, veja isto não como uma afronta e sim como algo "positivo" para o governo para o qual o senhor trabalha, pois afinal, mesmo com todos os problemas que a Educação da Rede Estadual de Pernambuco apresenta após sete anos de um governo infeliz, NÓS, QUE DE FATO FAZEMOS A EDUCAÇÃO neste Estado ousamos QUERER PERMANECER FAZENDO PARTE DESTA REDE.
                POR TUDO ISSO, PEÇO-LHE ENCARECIDAMENTE, MEU NOBRE SENHOR:


DIGA NÃO À MUNICIPALIZAÇÃO DA ESCOLA JOÃO RODRIGUES CARDOSO PELO BEM DE TODOS!