sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

ANTIGOS E ETERNOS AMORES

Durante o ano de 2010, quando recebi o diagnóstico de que havia desenvolvido vitiligo, demorei a aceitar a vontade de Deus e me senti triste, angustiada e meio deprimida por alguns dias. Chegando até a me isolar, preferir a companhia dos meus livros, filmes, internet.

Entretanto, Deus em sua magnitude, mandou-me a presença de alguns anjos disfarçados de alunos, com os quais desenvolvi um laço de amizade muito forte e sincero. São jovens, quase crianças que me mostraram o quanto é importante ter amigos. E me deram flores, cartinhas, bombons, mensagens e a presença constante em minha vida. 
Com eles, curti todas as datas comemorativas em festinhas que eles organizavam em sala de aula; fizemos inúmeros passeios, viagens, luaus, aventuras, lanchinhos em minha casa, projetos escolares e uma feijoada de despedida. Formamos um grupo denominado GALERA DOS CINCO MINUTINHOS.
A essas crianças, que bem poderiam ser meus filhos, agradeço imensamente a lição que me ensinaram e o amor que me devotaram num momento tão difícil de minha vida. Hoje são ex alunos, porém serão sempre MEUS SOBRINHOS QUERIDOS DAS TURMAS DOS 3º MÉDIO A e B DE 2010. 
Onde quer que estejam agora, recebam todo o meu amor e admiração, em especial à GALERA DOS CINCO MINUTINHOS. Beijos da TIA CIDA.

A minha canção do exílio

Durante 20 e poucos dias do mês de janeiro, desse ano, curti um exílio voluntário: fui passar férias com a minha família em algumas cidades do estado de São Paulo, onde tenho vários tios, tias, primos, primas e amigos queridos. 
Visitei cidades do interior: Barra Bonita; São Carlos; Jaú; Araraquara; Campinas; conheci o litoral norte, especialmente a praia de Maranduba e curti as delícias de Sampa: Mercado Municipal e seu delicioso pastel de bacalhau do Hocca Bar; a Avenida Paulista; a Catedral da Sé; o Teatro Municipal; a estação da Luz: a Galeria do Rock; a Galeria Pajé; a 25 de Março; o Brás; as belíssimas exposições do MASP, da Pinacoteca e do Museu do Ipiranga e a mais bela e esperada exposição: a do Museu da Língua Portuguesa. Um luxooooo!!!!!
Foram dias perfeitos, passeios maravilhosos, degustações e mais degustações das delícias da culinária paulista, que acabaram rendendo alguns quilinhos a mais em todos nós. 
Revi pessoas queridas, cuja distância nos separou por muitos anos; sofri a perda de outros que não mais estão nesse plano. Enfim, fui imensamente feliz durante todos os dias em que estive viajando.
No entanto, duas coisas me traziam sempre de volta à realidade: a saudade das pessoas queridas que aqui deixei e a falta de ouvir o nosso sotaque tão gostoso, tão deliciosamente natural para os meus ouvidos.
Era muito estranho ouvir todas aquelas pessoas falando daquela forma cantada, com aqueles "erres" e "esses" diferente dos nossos. E ainda há quem diga que nós nordestinos é que falamos cantando! 
Concordo que falamos arrastado, mas cantando não. Paulistas é que cantam. E como cantam!