segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PROJETO A COR DO BRASIL - ANO II - TEMA: A HERANÇA AFRICANA NO BRASIL: DA CULTURA AO PRECONCEITO. TROFÉU JOAQUIM NABUCO/ EJRC/ÁGUAS BELAS-PE. FOTOS

















PROJETO A COR DO BRASIL - ANO II - TEMA: A HERANÇA AFRICANA NO BRASIL: DA CULTURA AO PRECONCEITO. TROFÉU JOAQUIM NABUCO/ EJRC/ÁGUAS BELAS-PE.

No dia 07 de outubro, sexta feira, aconteceu na EJRC, a segunda edição da gincana interclasse do Projeto A Cor do Brasil, cujo tema este ano era A herança africana no Brasil: da cultura ao preconceito. Trata-se da culminância do projeto que é vivenciado pelas quatro turmas de 8ª série da escola, com a participação de todas as disciplinas e professores, que, desde o primeiro bimestre, trabalham assuntos relacionados ao tema, através de estudos, análises e discussões surgidas a partir da exibição de filmes, de slides, de livros e textos, de músicas, de leis, enfim de tudo o que é relevante para a erradicação de todo e qualquer preconceito, dando um enfoque maior às questões afro-brasileiras e africanas.
Este ano, houve a participação de apenas três turmas, A,B e C, pois a turma D desistiu na última semana, apesar de todos os esforços da coordenadora do projeto, a Profª Nazaré Cabral, para que a turma não desistisse. Outro diferencial desse ano, e dessa vez positivo, é que foi instituído o TROFÉU JOAQUIM NABUCO, para premiar as três melhores turmas. 
As turmas apresentaram as tarefas que foram previamente elaboradas, com mais de um mês de antecedência, diante de uma platéia de alunos e professores e os jurados convidados julgaram e pontuaram essas tarefas. A soma das pontuações resultou na seguinte colocação: 1º lugar a 8ª "A"; 2º lugar: a 8ª "C" e 3º lugar: a 8ª "B". A escola premiará as duas primeiras colocações com uma visita técnica aos principais museus de Pernambuco. 
No ano passado, alunos das duas turmas e uma equipe de professores e representante da equipe gestora foram ao Museu do Homem do Nordeste, ao Instituto Ricardo Brennand e ao Zoológico. Onde os alunos e professores tiveram apenas que arcar com as despesas de alimentação, pois a escola patrocinou o transporte. Este ano o roteiro ainda está sendo definido, mas a data já está agendada: dia 21 deste mês.
Parabéns à turma vencedora e aos alunos que participaram das demais turmas!
Agradecimentos especiais aos jurados convidados deste ano: Prof. Diogo Cabral, Profª Fábia Pereira, Profª Joseana, Prof. Jeremias Queiroz, Prof. Clóvis Barbosa, Prof. Manoel, Robson Rayan, Ângela Ventura, Mª do Socorro e Jarbas Maciel.

domingo, 9 de outubro de 2011

Fotos da viagem à VIII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco


VIII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco

Ao longo da minha vida, tive inúmeros sonhos que nem sempre se concretizavam, mas que me ajudavam a viver aquele momento em minha vida. Algumas pessoas são especiais para despertar sonhos na gente, a minha prima Nalva é uma delas. Com ela compartilhei, anos a fio, cartas, fotos, telegramas, cartazes, folders, jornais, postais e outras tantas coisas que podíamos enviar através dos Correios. Pena que não havia internet naquele tempo.  
Com ela compartilhei também o desejo e o sonho de irmos a alguns lugares e fazermos algumas viagens juntas. Lembro-me que, por anos a fio, planejamos irmos juntas à Bienal do Livro de São Paulo para passarmos o dia inteiro comprando livros, ouvindo palestras, visitando stands, entretanto, esse também não passou de mais um dos meus sonhos não vivenciados.
Até que em 2007, pude realizar o sonho de ir a uma bienal do livro; não a de São Paulo, mas a de Pernambuco, e pude me deliciar naquele universo repleto de livros. No bolso, pouco dinheiro e um cartão bônus doado pelo governo do estado, que me possibilitou comprar alguns livros para mim e para cada uma das pessoas da minha família. Depois em 2009, quando levei meu primogênito Guilherme (leitor convicto, mais que eu até) para que ele pudesse escolher os livros junto comigo.
Esse ano fui novamente, dessa vez apenas com um grupo de colegas e amigas, em busca de livros para presentear as pessoas da minha família e para mim também. Decidi que dessa vez  só compraria literatura, nada de gramáticas, nada de livros para estudar. Só relax.  E trouxe para mim Vivendo em voz alta, de Miguel Falabella, um livro de crônicas que está me fazendo sonhar com o dia em que eu também escreverei um. E lá vem meus sonhos à baila novamente!
Eis algumas fotos!

DIA DO PROFESSOR

Estamos nos aproximando mais uma vez do DIA DO PROFESSOR (15 de outubro) e isso me faz relembrar desta data num passado remoto, quando eu era apenas aluna, quer seja na infância ou na adolescência, quando minhas colegas e eu aguardávamos ansiosas por esse dia, para fazermos uma festa para a nossa professora, com direito a bolo, refrigerante, docinhos, homenagens, poesias, músicas e até briga no final pra decidir quem levaria um pedaço do bolo que sobrou pra casa. Tempos bons aqueles, cujos valores eram outros, e onde, apesar de todas as dificuldades que se enfrentava, sabia-se valorizar as pessoas.
Depois, recordo-me de um passado não tão distante, quando deixei de ser aluna e passei a ser a professora. Decepcionante. Não existia mais a tradição das festas do Dia do Professor feita com esmero pelos alunos para os seus professores. Sobrevivi. E me acostumei. Seria injusta se dissesse que nunca ganhei uma festa do Dia do Professor, como também seria injusta se não falasse de outras tantas festas e momentos muito bons que, ao longo desses dezoito anos, recebi e compartilhei com inúmeros alunos.
Quantas boas recordações tenho das minhas primeiras professoras: Dona Solange Ubirajara, Dona Socorro Moura, Dona Nilza Ciríaco, Dona Vitória Araújo (que Deus a tenha), pessoas responsáveis pelas minhas primeiras vitórias acadêmicas: as primeiras letras, as minhas primeira aventuras pelo mundo da leitura, os primeiros recitais, o amor aos livros, o amor à escola e o sentimento de pertencimento ao João Rodrigues Cardoso. Quantas festinhas participei e ajudei a organizar para todas elas, quantos cartõezinhos, quantas poesias declamei em suas homenagens. Porém há algo que eu não fiz naquele momento em que estávamos juntas, nem posteriormente: nunca tive um momento para agradecer a cada uma delas, nunca lhes disse: OBRIGADA, professora, a senhora é importante na minha vida! Fez parte da minha história.
E quando, enfim, entrei na quinta série e tive que aprender a conviver com vários professores todos os dias, tive o prazer de ter como professora da minha disciplina preferida, Januacele Francisca, uma jovem idealista, que estava começando a trilhar o caminho da docência. Menina/moça, meio moleca, totalmente adolescente em seu coração e infinitamente bela em suas ações. Ensinou-me muitas, infinitas coisas. Para ela fizemos várias festinhas, não só no Dia do Professor, mas também no seu aniversário. A ela já tive o prazer de agradecer várias vezes, inclusive em momento solene, porém não me canso de dizer que a ela devo muito do que sou hoje. Inclusive o fato de também ser professora de Língua Portuguesa e de gostar de ler e de escrever, não tão bem quanto ela, ou quanto eu gostaria, mas vivenciando o prazer de expor meus sentimentos.
Há poucos dias do Dia do Professor, não espero festas; também não farei festas, não sou (infelizmente) mais aluna; mas espero um dia ver o reconhecimento nos olhos de algum ex aluno e ter a certeza de que eu também fiz parte da história de alguém.
FELIZ DIA DO PROFESSOR A TODOS NÓS QUE “MATAMOS UM LEÃO POR DIA” TENTANDO TRANSMITIR O POUCO/MUITO QUE SABEMOS!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Há uma crônica que não quer calar em mim, desde às cinco e quinze da manhã de hoje (03/10), quando levantei-me e desliguei minha TV do quarto, que, infelizmente, não tem nenhum desses recursos tecnológicos tão alardeados nas propagandas publicitárias e que estão presentes nas TVs que se prezem da atualidade.
Entretanto, esse mero detalhe não me impediu de ficar ligada nela durante toda a noite de ontem, à espera de assistir ao último show do  Rock in Rio/2011, como uma forma de suscitar em mim todos os sentimentos adolescentes que um dia nutri pelo Axl Rose e todas as emoções  vividas embaladas pelas músicas do Guns N' Rose.
Foi uma noite inusitada, entremeei momentos de sonos profundos, com direito a sonhos fantásticos, e momentos em que, acordada, via flashes dos shows que antecederam a banda norte americana, até que a chuva me acordou. Incrível falar isso agora, mas foi graças ao toró que caia no Rio de Janeiro, que eu consegui despertar de vez, pois por um momento cheguei a pensar que o show poderia não ocorrer devido ao dilúvio que teimava em desabar na madrugada carioca.
Desperta e apreensiva com essa possibilidade, senti frio, como se estivesse lá com os demais fãs, debaixo da chuva torrencial, ou porque a frieza das madrugadas de setembro já houvesse chegado aqui, não sei, sei apenas que a minha apreensão misturou-se  a todas as das outras pessoas que naquele momento estavam lá ou em suas casas.
A minha apreensão se fez maior, quando percebi Zeca Camargo apreensivo e titubeante em suas explicações; quando vi se arrastando os reprises de outros shows daquela e de noites anteriores. Lentamente, um leve torpor foi me dominando e cochilei, pra ser despertada enfim pelo Axl Rose. Não aquele que embalou meus sonhos adolescentes, mas um outro, cuja capa amarela, chapéu e óculos escuros, não me permitiram perceber nele o "meu" Axl.
Pois o "meu" Axl, nada tinha daquele senhor, de rosto redondo, cabelos desgrenhados e barriga saliente. E minha apreensão voltou. A capa amarela foi tirada, os óculos e o chapéu também e eu, enfim, compreendi: o tempo não passou apenas para mim, pobre mortal, passou também para aquele homem que um dia foi sex symbol e povoou os sonhos de milhares de mulheres. 
O "meu" Axl deixou de ser um jovem, sexy, lindo, músculos definidos e agora é um senhor de meia idade, com bigodes, filhos adolescentes e alguns "quilinhos" a mais. Constatação difícil de se fazer. Ou, como diriam os meus alunos: FATO!
A partir daí, deixei de procurar naquele senhor, o "meu" Axl e fui curtindo o show, buscando então, "aquela voz" que apenas ele tinha e que veio à tona quando ele cantou "Sweet Child O Mine" naquele momento me vi adolescente, sonhando embalada ao som das músicas do Guns.
A vida é assim, o tempo é assim. Não perdoa. E passa igual para todos: astros, estrelas, pessoas comuns, entretanto, só nos damos conta de sua passagem, quando nos deparamos com o envelhecimento de alguém, aí nos percebemos envelhecidos também e, tal qual Cecília Meireles, em seu poema Retrato, nos damos conta de que, enfim deixamos de ter um corpo jovem, porque o espírito só envelhece para aqueles que querem.
Se o "meu" Axl Rose se foi, aquela menina  sonhadora e magricela que eu fui um dia, também se foi. Fato.  Somos agora pai e mãe de adolescentes: ele dos dele e eu dos meus. Claro!

Profª Cida Quelé